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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sopro

O vento que silva suave passa pelos meus ouvidos e cochicha: livre!

E assim como um dia anunciei um sentimento tão doce, devo anunciar hoje que o que o vento assobiou é verdade. Estou livre da dolorosa graça de um amor infame e sincero. E a sensação é ótima! De andar nas ruas e saber que te ver não é mais necessário para colorir o meu dia. E, mesmo que eu te veja, não me sentirei melhor ou pior. Tua presença não mais faz diferença. Pois é fato que tua imagem não me causa arrepios encontrei uma nova velha casa onde guardo meus abraços.

Fui liberto da discrepância dos nossos corações, moça, daqui pra nunca mais. Dou-te até logo, já que as horas futuras são desconhecidas. Contudo, não te espero. Vai voando, porque eu estou flutuando! E mais alto do que tu em teus anseios; leve, afinal não carrego nas costas a vontade de te fazer feliz. Esse desejo já findou, a flor perdeu o cheiro e tua face toda não possui mais rubor. É uma pena não teres querido meus afagos tão ternos, perdeste a graça de flutuar comigo. Segue tua senda sem mim, sabendo que em mim já não há o querer – não por ti.

Sorrio em plenitude, e dentro de mim a alegria é incessante!