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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Escrever é...

Escrever é interessante. É toda uma descarga de emoções, de idéias vastas e complexas. Uma vontade inerte de expressar aquilo que se pensa, que se sente. De falar sem pensar, porém com classe. De implodir o mundo com as soluções dos problemas mais cascudos, sendo essa a forma de fugir deles.

A mentalidade do escritor é altamente intrigante. Críticas, sugestões, problemas e resoluções. Contradições mil são encontradas, mas todas com suas devidas definições. É nesse mar de confusões que se encontra o escritor. Que se encontra uma pessoa qualquer, que ama, que desama, que chora, que ri, que deseja atenção, que ignora facilmente. Que precisa de amigos verdadeiros. Que chuta as pedras no meio do caminho, que brinca e se diverte com a solidão e que aproveita o companheirismo daqueles que, de fato, o querem bem.

Vê o mundo como poucos o vêem, e tem uma sensibilidade naturalmente especial. É bom não confundi-la com fraqueza, são coisas diferentes. E ele sente dores também. Possui feridas que teimam em não sarar. No entanto... o que é a dor para alguém que acostuma-se a ela com o passar do tempo? O escritor é o mais normal dos loucos.

Ele desabafa sem querer querendo. Disserta sobre algo não para agradar terceiros, mas a si mesmo. Se leitores e ouvintes querem mais, ele pára. Termina o que começa sempre com até logo, nunca com adeus. Pois quando voltar, será sempre bem-vindo. Até logo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Holanda 2 x 1 Brasil

Eu poderia novamente rir, como ri no primeiro e no segundo gol da Holanda. Poderia agora repetir o que vinha dizendo a muitos conhecidos meus, mas seria fácil. Muito fácil.

Depois de uma derrota é muito fácil criticar, falar mal. Porém é o momento. Individualmente, eu estava desacreditado, pouco confiante. Para mim, o título não viria porque a seleção brasileira não merecia. Muitos tentaram me fazer pensar que eu estava errado. Muitos estavam com a confiança que o time de Dunga não merecia. “Vai ser igual a 1994, o Brasil vai superar as dificuldades e vencer.” Que dificuldades? Afinal, chegaram à copa com a primeira posição no ranking da FIFA, títulos importantes na bagagem. Aos torcedores faltou um olhar mais técnico, observar a equipe do seu país, a forma como joga, quem são os melhores jogadores. Confiaram exageradamente num time que não era merecedor. Eu tive medo, por algumas vezes, de dizer que não torceria para o Brasil, mas disse. Fui criticado, tachado de anti-patriota. Pois sou mais patriota do que muitos, muitos mesmo. Nesta copa, aqueles jogadores não tinha honra para levar o hexa. Para serem chamados de hexacampões. Não representavam o futebol brasileiro na sua plenitude, na sua beleza, no seu encanto.

Não apoiei o time de Dunga. Xinguei esse treinador de incompetente, entre outras coisas que não são tão boas de falar. Não se pode colocar a responsabilidade em um Kaká sem condições físicas de mostrar o seu melhor. Não se pode responsabilizar um Luís Fabiano, que mal consegue dominar um passe, ou até fazer um passe. Não se pode sobrecarregar Robinho, que sozinho, nada faria. E o resto do time? Bem, o resto é o resto, sem brilho. O craque do Brasil na copa foi o zagueiro Lúcio, reflexo de uma equipe que nem parecia brasileira. E o técnico pouco utilizou os reservas, pois não havia jogadores à altura do Brasil numa copa. Faltaram aqueles jogadores que tanto foram cobrados pela torcida. Ficou provado que realmente “a voz do povo é a voz de Deus.”

A Holanda mostrou como se toca a bola, como vencer um jogo, como reverter um resultado difícil. E o Brasil, no segundo tempo, assistiu a tudo. Enfraquecido emocionalmente, e, desde o início do mundial, tecnicamente, não teve como superar a laranja. Em 2014, nada será igual. Tudo diferente, inclusive o campeão. Será a hora do hexa. Aguardaremos ansiosos, pois jogaremos o nosso melhor futebol, aquele que emociona, que dribla, que fantasia, que nos faz sonhar. Assim será.

sábado, 26 de junho de 2010

Portugal 0 x 0 Brasil

Foi um jogo morno. Com o Brasil já classificado e Portugal jogando pelo empate, a partida sem grandes emoções serviu apenas para o cumprimento de tabela.

Mas não deveria ter sido assim. O Brasil deveria ter mostrado que, mesmo com a classificação garantida, estava ali para vencer, para fazer gols, mostrar que é a melhor do mundo e da copa. E creio que tenha tentado, mas é claro que Portugal não iria permitir que a seleção brasileira o vencesse, e não permitiu. Souberam como neutralizar as duas laterais, e o Brasil, sem Kaká e com Julio Baptista fora do jogo, não conseguiu atacar pelo meio, congestionado, e teve quase nenhuma criatividade para jogadas diferentes e inovadoras. As jogadas individuais ficaram por conta de Nilmar, mas bem marcado, foi parado constantemente pela marcação lusa.

O jogo foi truncado, sem espaços para nenhuma das equipes. O destaque do jogo foi o duelo entre os capitães Lúcio e Cristiano Ronaldo. Ao final da partida o “gajo” foi eleito o melhor do jogo. Luís Fabiano não recebeu bolas em condições de marcar, dada a falta de qualidade dos responsáveis por isso. Em Portugal, muita movimentação dos atacantes, mas dificuldade para encontrar falhas na impecável defesa brasileira. Com exceção de Michel Bastos, mal na marcação e no apoio, a defesa brasileira esteve muito bem postada, como de costume. Porém, se atrás o Brasil estava muito bem, na frente o Brasil deixava muito a desejar, pois a dificuldade na criação de jogadas diferenciadas era evidente.

Esse é o grande problema da seleção de Dunga. A falta de criatividade. É um time pragmático, consistente, forte defensivamente. Mas peca naquilo que sempre foi peculiar dos brasileiros: a habilidade. O único capaz de realizar tais jogadas é Robinho. Os outros ficam na dependência da tática, daquilo que foi treinado, estudado, observado. Eles têm que repetir o que é feito nos treinos, e não têm capacidade de criar coisas novas no decorrer da partida. Isso, sem dúvidas, gerará difculdades nas próximas partidas, que serão contra equipes de alto nível e habilidosas. Resta saber se jogando assim o Brasil chegará na final. Eu acho difícil.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Foto: Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

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- E aí Dunga, sabe aquela piada do papagaio?

- Huahua, muito engraçada seu Eriksson, mas prefiro aquela do canarinho que eliminou os elefantes…

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

Diria que o jogo entre Brasil e Costa do Marfim teve dois momentos. O primeiro, a bola jogada. Trocas de passes, tabelas, boas marcações. O segundo, pancadaria. Vamos então para a descrição do primeiro momento.
Bela atuação de Luís Fabiano, bom desempenho tático, individual e coletivo, dessa vez o Brasil venceu bem. Jogando com paciência e com inteligência, a seleção de Dunga demonstrou ser a melhor equipe da copa até esse momento. Com uma vitória sobre um time totalmente retrancado, e outra sobre uma emergente força africana, o Brasil se classifica antecipadamente para as oitavas de final, e com méritos.
Com as tradicionais seleções tendo dificuldades em suas partidas, à exceção de Argentina e Holanda, a nossa tinha que demonstrar por que é considerada uma das favoritas ao título. E mostrou. De início teve dificuldades, pois a Costa do Marfim não aparentou medo algum do Brasil. Pelo contrário, atacou fervorosamente e teve o domínio do jogo, o oposto do que fez contra Portugal. Manteve a posse de bola, mas não levou perigo ao Brasil, que se defendia bem postado para armar um contra-ataque.
E foi exatamente assim que o Brasil abriu o placar. Num momento em que os marfinenses estavam melhor, Robinho, Kaká e Luís Fabiano fizeram boa jogada juntos, e o último completou para as redes com um chute potente, rente ao travessão. A partir do gol, o Brasil passou a equilibrar as jogadas e a posse de bola. A Costa do Marfim tocava a bola sem conseguir uma brecha na defesa brasileira. E com o Brasil na frente, o primeiro tempo chegou ao fim.
Veio a segunda etapa, e jogando ainda melhor, o Brasil aumentou a vantagem, de novo com Luís Fabiano, mas dessa vez mais bonito. Ao ganhar uma dividida no ar, ele deu dois lençóis em dois defensores da seleção marfinense, ajeitou a bola com o braço e bateu de perna esquerda. Como o assistente nada assinalou e o árbitro muito menos, gol validado e festa do atacante, com seu segundo gol na copa. Depois do gol o Brasil teve maior domínio da partida, passou a trabalhar mais a bola, virar mais o jogo, trocar passes com mais rapidez. E nessas trocas de passes o Brasil liquidou a fatura com o terceiro gol. Kaká, numa característica jogada de linha de fundo, cruzou rasteiro para Elano completar para o fundo das redes. Foi o segundo gol do jogador em dois jogos. Pronto, após a bola jogada, vamos para a pancadaria.
Após o terceiro gol do Brasil, alguns atletas da Costa do Marfim começaram a deixar a bola de lado e dar pontapés nas pernas dos jogadores brasileiros. O primeiro foi Elano, que recebeu uma entrada perigosa, teve de ser substituído e não sabe se estará na próxima partida. Depois Michel Bastos e Kaká tiveram que sofrer com as duras chegadas dos africanos. Como já era de se esperar, essas entradas causaram ira nos brasileiros, pois o árbitro não dava um cartão amarelo sequer. Houveram muitas reclamações, desentendimentos e discussões entre os jogadores, e sobrou para Kaká ser amarelado. Minutos depois um jogador da Costa do Marfim ludibriou a arbitragem, fingindo ter sido atingido por Kaká, que após isso, levou o segundo amarelo, foi expulso e não enfrentará Portugal. Com a bola nos pés, os marfinenses diminuíram a diferença com um gol de cabeça de Drogba, graças a uma falha da marcação brasileira.
De um modo geral, o selecionado de Dunga jogou bem. Mostrou que se derem espaço, bota a bola no fundo do gol. E sem a bola, espaço é uma coisa que os adversários não têm, ou quase. Agora é enfrentar Portugal, garantir os cem por cento de aproveitamento e dar show no mata-mata. O hexa está começando a se desenhar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coréia do Norte

O que pensar de um jogo como esse? Goleada e show de bola do Brasil. Estréia na copa, expectativas a mil para uma grande exibição da seleção canarinho. Não foi bem assim.
Jogo complicado. A seleção coreana entrou em campo com o intuito de não levar gols, e quem sabe, sair com um pontinho da primeira partida. Foi clara a posição defensiva em que a equipe se colocou, visando a saída rápida nos contra-ataques, característica marcante dos orientais. Essa foi a grande dificuldade do Brasil durante a partida, atravessar a defesa coreana. E nossa seleção não é tão criativa como já foi um dia, pois concentra seu jogo no toque de bola, buscando encontrar brechas na defesa adversária. O primeiro tempo foi baseado exatamente no toque de bola brasileiro e nas raras investidas coreanas ao ataque.
No segundo tempo, o Brasil entrou mais disposto. Como seleção pentacampeã e novamente candidata ao título, se viu na obrigação de vencer a fraca Coréia do Norte, e foi ao ataque com mais força, até que conseguiu encontrar um espaço numa bola enfiada por Kaká para Maicon, uma jogada já tradicional do lateral. Ele chutou sem ângulo, mas a bola passou entre o goleiro e a trave, para a festa do país.
Quem esperava que o Brasil fosse deslanchar, errou feio. O panorama da partida não mudou, a Coréia continuou se defendendo, quase não dando espaços. Quase, porque em outra bola enfiada, desta vez por Robinho, Elano fez o segundo gol da seleção brasileira na copa. De novo, o Brasil continuou a atacar, agora com três atacantes após a saída de Kaká e a entrada de Nilmar. Mas não deu jeito, e um vacilo prejudicou o saldo de gols do Brasil. Numa dormida da zaga, o obscuro atacante Yun Nam marcou o tento para os asiáticos.
Numa visão geral, o Brasil fez uma partida opaca. Sem opções para criar jogadas que desequilibrassem, a seleção deve dificuldades ao enfrentar uma equipe extremamente defensiva. Tentou com três atacantes no segundo tempo e melhorou, porém ficou mais vulnerável a sofrer gols. É necessário que fique atento, pois o próximo adversário, a Costa do Marfim, tem bem mais qualidade, ataca com mais perigo. O Brasil poderá se sair melhor se souber equilibrar ataque e defesa, e poderá vencer a seleção africana.
Pois é, copa do mundo rolando, Brasil jogando e não dá pra ficar sem palpitar. Aqui neste blog darei minhas resenhas sobre cada partida do Brasil na copa. Críticas e opiniões, por favor, sintam-se abertos a fazê-las.

domingo, 6 de junho de 2010

Hexa?

Pois é, aqui estamos há pouquíssimo tempo para o início da copa do mundo. Quatro anos de espera, de polêmicas, e em fim, nossa seleção chega à África do Sul, como de praxe, favorita para ser campeã. Mas nem todos no nosso país têm a certeza do hexa. Muitos crêem que falta algo ao time. Eu sou um desses.
Sim, não creio que o hexa virá esse ano. Não porque existem outras seleções candidatas, tais como Espanha e Argentina. Não. O Brasil é o pentacampeão do mundo, tem os melhores jogadores, vence quando quiser. Mas por que eu acho que não vencerá este ano? Vamos listar os pontos fortes e os pontos fracos da equipe. Primeiro, o poder coletivo. Dunga privou que na seleção ninguém deve se destacar demais, é preciso uma equipe homogênea, que se ajude, e não que um jogador se sinta acima dos outros por causa do seu potencial. Chegou logo colocando Kaká e Ronaldinho Gaúcho no banco, deixando claro que ninguém tem lugar garantido e que seria preciso esforço e trabalho para alcançar a vaga no time. Isso fortaleceu a seleção, que voltou da Alemanha em 2006 extremamente dissipada. Hoje, o time se ajuda, os jogadores têm companheirismo, têm motivação para jogar juntos. Mais um fator que credita a seleção para o favoritismo é a regularidade. Dunga tem perdido pouquíssimas partidas, venceu todo o que disputou e se classificou em primeiro lugar para a copa. O time jogou bola, foi campeão de tudo e pronto. Falta só a copa. Outro ponto fortíssimo, talvez o maior de todos, é a defesa. Considerada por muitos a melhor do mundo, a defesa da seleção é experiente, vencedora e talentosa. No gol Júlio César, indiscutivelmente o melhor do mundo. Na lateral-direita Maicon, também o melhor do planeta. Na zaga, o capitão Lúcio, vivendo grande fase há muito tempo. Todos três pentacampeões italianos e campeões da Uefa Champions League com a Internazionale. Juan é um zagueiro de rara técnica, que faz uma cobiçada e invejada dupla com Lúcio. No banco, a defesa se garante.
Ok, pontos fortes ditos, vamos para os fracos. Eu omiti da defesa a lateral-esquerda. Sim, pois até este ano, Dunga não havia encontrado seu lateral. Testou vários, mas nenhum se encaixou e conseguiu se firmar. O que conseguiu o melhor desempenho foi Michel Bastos, principalmente no amistoso antes da copa. Tá lá, titular. O reserva é o experiente Gilberto, remanescente de 2006. O Kaká é outro que poderá ser um problema. O melhor do mundo em 2007 não atravessa um bom momento. Não conseguiu ainda uma sequência de jogos em 2010, por causa de consecutivas lesões. Tem se recuperado, será o craque e camisa 10 da seleção, mas existe uma desconfiança ao redor dele. É uma incógnita. Se conseguir ficar 100% fisicamente a tempo, será o nome do time. Se não conseguir, a decepção. É duro ser estrela...
Decepção. A maior de todas elas está no estilo de jogo. O Brasil, conhecido e marcado no mundo inteiro pelo futebol-arte, pela beleza e irreverência, joga feio. Ah, não discutam, joga feio mesmo. Mas e daí? Se ganhar tá bom ? Não pra mim. Muitos pensam assim, outros não. Eu acho que a seleção brasileira tem que jogar bonito. Ou pelo menos tentar. Só que o time não é motivado para isso, joga com três volantes! Hoje o exemplo de futebol bonito é a Espanha. E o Brasil é o exemplo de defender bonito. A seleção tem apenas um jogador diferenciado, Robinho. Todos os outros são previsíveis e marcáveis. Se enfrentar uma equipe fechadinha (Coréia do Norte, sem dúvidas), não rola gol não, a não ser de bola parada, como na semifinal da copa das confederações no ano passado.
Não estou aqui dizendo que o time não vai ganhar a copa, que nossa seleção é fraca, nem estou fazendo apologia que o treinador é burro. É apenas as minha opinião. Torcerei pelo Brasil, mas não se ficarei tão feliz caso ele ganhe. Tem todas as chances, basta aproveitar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Peço desculpas àqueles que visitavam este blog pela grande interrupção nas postagens. Deve-se a falta de tempo e os problemas do dia-a-dia. Mas deixo a promessa de que muito em breve voltarei ao antigo ritmo de postagens. Passem bem.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mulheres

Mulheres, mulheres! Aqui estou eu para fazer-lhes inúmeras menções do quanto vocês são maravilhosas. Afinal, sou apenas um mero ser de características masculinas, totalmente submisso à graça que se manifesta especialmente em uma espécie: a de vocês.
Vocês são criaturas incríveis. Lindas. Quentes. Deliciosas. Possuem o talento de unir com tanta harmonia a doçura e o atrevimento. Algumas mais que as outras, é verdade, mas isso não tira o encanto das outras, que se não têm esse talento, possuem tantos outros que as diferenciam umas das outras. E este é o grande encantamento das mulheres, as diferenças entre elas. Isso torna cada uma única, cada uma apaixonante, cada uma com sua beleza. E é aí que entra a habilidade dos homens para distingui-las, para encontrar a beleza única que cada uma tem. Precisam observá-las com atenção, porque quando se descobre o que elas podem te proporcionar, é impossível não se apaixonar. Eu que o diga.
Possuem uma forma genial de fazer os homens pensarem que eles mandam, quando na verdade quem mandam são elas. Elas são, sem dúvida, superiores, E não há homem no mundo que consiga mudar esse fato. Só resta a nós, seres inferiores, sermos submissos à sensual delicadeza que as mulheres têm.
Este é um dos papéis que deverei ter por toda vida, prestar homenagens a vocês. Simplesmente porque são merecedoras. A impressionante capacidade de conquista as tornam seres desejáveis por mim e por todos os homens, em todos os sentidos. E eu lhes escrevo porque vocês me fascinam, e assim será para sempre. Mulheres, meus parabéns.

domingo, 4 de abril de 2010

Sonho

Há alguns meses, estava eu devaneando em minha sala de aula, no intervalo entre aulas, quando vejo o caderno de uma das meninas caído no chão. Ele pertencia à melhor amiga da menina pela qual nutria um sentimento, digamos, platônico. Enfim, peguei o caderno e o pus sobre a carteira, e ao erguê-lo, caíram alguns papeis.
Entre esses papeis, havia uma carta da menina que amo para sua amiga, carta esta que continha informações recentes. Desde já, peço que tu não me culpes por ter lido a carta. Sei que foi errado, invasão de privacidade. Mas quem não quer saber o que se passa com a pessoa que tu amas?
Ao ler a carta, tive uma melancólica surpresa. Ela falava sobre um relacionamento curto que não deu certo, mas o que me surpreendeu negativamente foi a frase "não há mais ninguém que me queira". Entendo a desilusão recente que ela passava, mas como dizer aquilo se tão perto dela estava eu, pronto para lhe dar tanto carinho que jamais esqueceria? Será que ela era tão estúpida assim a ponto de nem considerar o meu sentimento?
Fiquei indignado quando li a carta, e ainda estou. O que fazer para receber uma chance? Quem sabe fingir suicídio quase me atirando de um topo de um prédio, até que ela me mandasse descer, porque em fim me daria seu amor. Ou talvez assassinando todos os homens do mundo, para que restasse apenas a mim. Pois é bom que respondesse logo, porque se fosse necessário, eu faria. E com prazer. Pararia com gosto no ponto mais alto do prédio, recebendo uns tapas do vento e quase sendo jogado abaixo, até que ela dissesse "chega, venha para mim". E com mais deleite ainda mataria os homens de todo o planeta, exceto a mim, claro, tornando-me a opção única para que ela tivesse amor sem medida. Prometo que não falharia.
Essas loucuras são exemplos de que eu faria qualquer coisa para tê-la ao meu lado, para poder lhe dar mais beijinhos do que todos os peixinhos do oceano. Que ainda hoje desejo estar com ela a todo custo, não dando a mínima para consequências.
A você, que lê esta história, espero que se divirta. Sei que o futuro nos reserva inesperados acontecimentos. Se um dia serei retribuído por ela, não sei. Todavia, creio que até lá não me fará mal sonhar um pouco.

Romantismo

Triste, estou bastante triste há um bom tempo. Não, talvez não seja o que você está pensando. Não tive nenhuma desilusão amorosa ultimamente, e o flamengo foi campeão brasileiro (palmas, muitas palmas). Minha tristeza remete à extinção imediata do romantismo. Como assim? As pessoas estão esquecendo aos poucos da beleza de viver um grande amor.
Minto? Eu sei que não. Vivo diariamente fatos que comprovam esse acontecimento que me deixa assim, tão triste. As pessoas têm dado pouca importância ao mais lindo dos sentimentos, têm evitado sentir aquela sensação do amor invadindo seu corpo, sua mente e seu coração. De sentir o amor florescer num olhar, num gesto meigo e natural. Aquela timidez clássica de quem ama. Aquele flerte que significa "eu quero ser o homem da sua vida" não está mais na moda. Aquela paciência para esperar o momento do outro. Aquela aceitação geral dos defeitos do outro. Aquela falta de interesse para a cor, a aparência ou a situação financeira da pessoa. Aquela euforia só de ver ela ou ele chegando perto de você. Pois é, o mundo deixou de dar valor a tudo isso. Dão valor ao que está dentro de vitrines, a carros, a dinheiro.
A atitude simulada do amor. Simplesmente por causa da pressa que as pessoas têm em encontrar alguém. Acham que qualquer um que chega com uma conversinha legal pode ser aquele ou aquela que mudará a sua vida para melhor. Não, um carro não faz com que um homem seja especial. Um rostinho bonito, academia e roupas da moda não fazem uma mulher ser diferente e maravilhosa. É a maneira de ser e suas atitudes que fazem uma pessoa distinta das outras. É aquele olhar que só você é digno de receber que faz aquela pessoa ser única para você, e você para ela. É a forma como ela te cativa, de um jeito tão simples e tocante que você a ama, e pronto. O amor se faz das formais mais incompreensíveis. O amor é lindo e perfeito. Dou-te dicas só para ser diferente dos outros e deixar o romantismo ascender e o amor nascer: seja simples, seja você mesmo e apenas observe.

Aquele em que ele muito a desejava

Sorrateiramente, ele foi chegando perto. Buscava um olhar, mas principalmente, um sorriso dela. Mas nada, nem um sinal. O receio que ele sentia em se aproximar dela não era maior que a vontade de conhecê-la, porém ele era tímido. Pairava sobre ele um acanhamento que o impedia de decifrar aquele olhar misterioso e encantador que ele não conseguia desviar sua atenção.
Todo o tempo, seu maior desejo era ela. Não parava de imaginar todos os segredos que ela estava escondendo em sua expressão meiga e nada convidativa a uma conversa. Seu modo de falar transmitia a ideia de uma pessoa calma e reservada. Seus gestos eram tenros, mimosos, delicados. Seu sorriso era algo único, nada se comparava a ele. O sorriso. Era o que ele ansiava quase que desesperadamente, até mesmo inconscientemente. Dormia pensando no abraço dela, e, principalmente, no seu beijo. Imaginava que, quando a beijasse, todo o esplendor do nascer do sol seria nada perto da fulgência do seu beijo, que não existia igual em toda a face da terra.
Só que ele demorou demais para tomar uma atitude que chamasse a atenção dela e a fizesse querer conversar com ele. Um troglodita, um homem extremamente comum em todos os sentidos, se aproximou dela. Tinha lábia, é bem verdade. A arma dos sem-romantismo. O homem sem romantismo é um homem simples e comum. Um homem romântico torna-se uma exceção, um brilho dentro de um lugar escuro e sem graça. Faz o amor acontecer da forma mais correta: naturalmente.
Pois bem, o devasso homem de quem falava anteriormente apossou-se da meiguice da senhorita com sua artimanha, e fez surgir nela um sentimento avassalador, mas que não era amor. Iria se acabar. Só restava ao pobre rapaz saber quando.

Declaração àquela que faz a minha vida brilhar

Meu amor. Tinha que começar te chamando assim. És o meu amor, o mais lindo e mais puro amor que uma pessoa poderia ter em todo o mundo. Um amor que não vê dinheiro, não vê cor da pele, não vê distância. Ele só vê você.
Tu dás um brilho todo especial ao meu viver. E um colorido alegre, envolvente, emocionante. Dessa cor surge um brilho inestimável, indelével. Cobres a minha vida com cores, com luzes, e com esse brilho. Um brilho que me ofusca os olhos. Mas um brilho delicioso, que me dá prazer, e me faz levantar todos os dias para vê-lo. Teus olhos são como estrelas reluzentes cintilando no céu, atraindo a atenção de todos. Porém, teus olhos fitam a mim, e eu fico paralisado, completamente sem graça. Teu olhar me arrepia dos pés à cabeça, me faz ir à todos os cantos do universo. E voltar aos teus braços, o lugar mais sensível, mais quente, mais aconchegante que eu já imaginei estar.
Tu, meu amor, és o ser mais lindo que há na terra. Sou vulnerável a ti, não posso e nem consigo desafiar-te. Pois quando me falas, tua voz abre caminhos e estaciona em minha mente, me fazendo delirar. Sonho em te ter, em te abraçar, em te beijar ,e assim, sentir mais gosto em viver.
Muito mais eu tenho para te falar, pois ao contrário do que dizem, há sim palavras para descrever esse amor. Mesmo que eu passe toda a vida, escreverei para te dizer o mais óbvio: que eu te amo. Teu amor me completa, me impulsiona, me direciona. Me faz ser feliz.

Aquele do olhar

Estava lá, à espera de uma resposta. Há duas semanas, Ludovico aguardava um retorno dela. No entanto, ele não recebera nenhum. Tudo bem que ela nem sabia de seu pequeno interesse. Mas não custava nada ela dar uma simples olhadinha para saber o que Ludovico queria.
Ela se chamava Esther, tinha 16 anos e seu rosto possuía um brilho tão intenso que Ludovico nem conseguia presumir o imaginário de segredos que Esther tinha escondido em seu olhar. Sua pele era branca, e suas feições transmitiam uma delicadeza sem igual em cada gesto, em cada detalhe de sua expressão minimamente meiga. Porém, o que Ludovico esperava, ansiando cada vez mais por isso, era seu olhar. Ludovico fuzilava Esther com um olhar inexorável, mas tranquilo, que transmitia uma vontade imensa de conhecê-la e deliciar-se em sua doce maneira de falar.
Ele não a mirava há apenas duas semanas. Ludovico já havia reparado na beleza dela há pelo menos 1 ano, mas não havia dado tanta importância para isso. Nas últimas duas semanas, ele passou a ficar cada vez mais vidrado na figura faceira de Esther, de modo que não podia mais deixar de lado sua curiosidade escancarada por ela. Aos poucos, ele buscava informações sobre ela, mas não tantas, pois não queria estragar o momento mágico de conversar com Esther. Queria saber dela por ela, e por ninguém mais.
Depois de vários minutos observando-a inevitavelmente, ela percebeu. Esther viu Ludovico olhando diretamente para ela, como uma mira prestes a ativar uma arma potente, que dispara um tiro infalível. Ela começou a olhá-lo instintivamente, sem pausas ou interrupções. E ele continuou olhando para ela, de maneira em que os dois se olhavam ao mesmo tempo, no mesmo instante. Ludovico a encarou até ela desviar a atenção para uma amiga. Pronto. Todo aquele instante havia sido perfeito para ele. Nada o tinha feito tão feliz naqueles dias. Era uma manhã de quinta-feira.

O desafio de se conviver com a diferença

Cada indivíduo tem seu modo de agir, de pensar e de se comunicar. Entretanto, o que quer dizer a palavra indivíduo? Significa uma pessoa considerada em suas características particulares. Demonstra individualidade.
No entanto, vivemos numa sociedade. Sociedade esta que, obviamente, é constituída de vários indivíduos. E cabe a estes indivíduos a obtenção de seu bem estar, só que sem prejudicar aqueles que estão ao seu redor. Para isso, é indispensável que cada um conheça e saiba respeitar as diferenças de todos. Mas é aí que está o problema. O ser humano tem se tornado cada vez mais incapaz de aceitar as diferenças de quem está ao seu lado. É possível perceber isso até mesmo nas famílias, grupos sociais onde deveriam reinar a paz e a harmonia. Hoje, vemos que o que tem invadido os lares é a violência. Guerras aconteceram porque não se soube aceitar as divergências entre países. Assim, o mundo não terá um futuro muito animador, tende a piorar cada vez mais.
E é aí que está o papel do cidadão. Tentar melhorar o mundo. E acredito que o primeiro passo seria conhecendo, aceitando e respeitando as diferenças de cada um. Dessa maneira, o mundo terá maior conformidade, e o bem estar será uma consequência do respeito. O que falta é isso. Respeito.

sábado, 3 de abril de 2010

Madrugada

São 3h e 45min da manhã. Eu, como sempre, dormindo tarde. Mas nunca tão tarde. Passei um dia inteiro de... tédio. Me acordei ao meio-dia. Almocei. Fui à casa da minha avó. Chego às 17h e durmo até às 18h. Passo uma noite simples e agradável. Assisto televisão e deito de 1h, mais ou menos. Não consigo dormir.
Já ouço o galo cantar e aqui estou, escrevendo quase às 4 da manhã do outro dia. Este sábado que amanhecerá daqui a pouco será, provavelmente, chato. A não ser que eu vá ao cinema, ele será tão tedioso, mas agradável como a sexta-feira. Acho que vou ver o sol nascer. É lindo.
Minha mãe dorme tranquilamente. Deve estar sonhando. Espero que seja com algo bom, com Deus quem sabe. Deus é maravilhoso. Quantas coisas ele faz por nós e nem sequer agradecemos. O homem é ingrato. E injusto. O mundo é injusto. Às vezes, aparecem pessoas em nossas vidas que mudam-na de um jeito revigorante. Mas não podemos amar da maneira que gostaríamos. isso é um exemplo de injustiça clara. No entanto, é necessário que nos conformemos com as injustiças da vida. Como quando o árbitro apitou tão mal naquele jogo em que o flamengo foi eliminado da libertadores. Crápula.
Em certos momentos, um árbitro de futebol consegue ser bizarro e absolutamente burro. Mas nada se compara a conversar com alguém, digamos, ingênuo, por via internet. Aparecem pérolas como "geito", "jente" e "feixar". Que tristeza e medo para quem lê, diria uma amiga minha. Porque o brasileiro não lê o quanto e o que deveria, e acaba escrevendo assim, gente com j. Lamentável. Outra coisa triste é o vício das pessoas em coca-cola. Aquilo é um veneno disfarçado em uma bebida timidamente energizante. Confesso que gosto, mas tomo em simples doses quinzenais. Para quem toma regularmente, meus pêsames para seu estômago.
Aliás, o fast food agora já é uma mania mundial. Adeuses ao velho e bom feijão com arroz com carne-de-sol e bem vindos, Bobs, McDonalds, Burger King e Cachorro Quente da Tereza. Comida rápida. Essa é a ideia. Legal, isto parece até slogan de lanchonete. Vou vender os direitos autorais e comprar um... cheeseburger.
Quanto mais escrevo, menos sono tenho. Não sou maluco só porque escrevo às 3:45 da madrugada. Só estou sem sono. Bem, vou indo. Para quem lê isto, aqui vão meus amigáveis conselhos: ame a Deus. Ame as pessoas. Grite e reclame dos árbitros. Leia mais. Beba coca-cola só de vez em quando. Coma feijão com arroz, vai te fazer bem. E boa noite.
P.S.: veja o sol nascer.

Aborrecimento

Meu nome é Natã. Isso, com til mesmo. Creio que, em toda minha vida, ninguém além das pessoas da minha família conseguiu escrever meu nome certo. Sempre escrevem com "n" no final. Tudo bem, não tem como adivinhar que era com til. Mas, às vezes, aborreço-me, afinal é meio chato ter que ficar dizendo sempre "é com til no final".
Muitas vezes esquecem o til, e aí fica "Nata". Sempre em documentos isso acontece. Tá bem, sem estresse. Na escola, chamada. O professor diz: - Nata de Sena. Aí lá vou eu corrigir: - É Natã. Já houve casos em que a falta de conhecimento gramatical das pessoas veio sobre mim. Escreveram "Natãn". Isso, com til e n. Sem comentários.
Pois é, essa é minha sina. Ficar corrigindo meu nome, pelo menos enquanto eu viver. Não tem problema, contanto que as pessoas saibam que o til, no final da palavra, tem a mesma função fonética do n.