Sem mais nada além do olhar não muito fixo e o semblante sonolento, chega com a intenção de conquistar, mas com a certeza de que já tem. Possessiva, porém tão irresistível a ponto de me fazer cair de quatro à sua frente e implorar pra que ela me domine, me controle, me use.
Louca, é tão cheia de si que poderia ser irritante. E é. Grossa, por vezes insensível e em certos momentos, violenta. Passa dos limites quando se trata de amor próprio e auto-estima. Tem pra si que é apaixonante e perigosa, que com ela pode-se encontrar a paz e a agonia. Se tentares tê-la, exige total dedicação tua, e ai de ti se não assim fizer. Usará todo o seu leque de astúcia para te fazer babar por ela.
Tudo para esconder a fragilidade que existe dentro de si. A simples vontade de uma menina-mulher que só quer ter alguém pra cuidar. Uma bobinha que ri do mundo, e ao mesmo tempo chora pelo mundo. Pois, no fundo, ela é doce e totalmente entregue quando colocada entre braços quentes e acolhedores. Os meus braços. Os que afastam dela o perigo, as incertezas e as dores causadas por quem usou os braços para machucar, não para acalentar.
É neles que ela pode liberar seu veneno e seu ardente calor, assim como sua doçura e o encanto que ela, como um todo, provoca em mim. São as suas virtudes e suas falhas que me mantém demasiadamente contaminado... e assim estarei, sem mais.