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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ela, para ela

Sem mais nada além do olhar não muito fixo e o semblante sonolento, chega com a intenção de conquistar, mas com a certeza de que já tem. Possessiva, porém tão irresistível a ponto de me fazer cair de quatro à sua frente e implorar pra que ela me domine, me controle, me use.

Louca, é tão cheia de si que poderia ser irritante. E é. Grossa, por vezes insensível e em certos momentos, violenta. Passa dos limites quando se trata de amor próprio e auto-estima. Tem pra si que é apaixonante e perigosa, que com ela pode-se encontrar a paz e a agonia. Se tentares tê-la, exige total dedicação tua, e ai de ti se não assim fizer. Usará todo o seu leque de astúcia para te fazer babar por ela.

Tudo para esconder a fragilidade que existe dentro de si. A simples vontade de uma menina-mulher que só quer ter alguém pra cuidar. Uma bobinha que ri do mundo, e ao mesmo tempo chora pelo mundo. Pois, no fundo, ela é doce e totalmente entregue quando colocada entre braços quentes e acolhedores. Os meus braços. Os que afastam dela o perigo, as incertezas e as dores causadas por quem usou os braços para machucar, não para acalentar.

É neles que ela pode liberar seu veneno e seu ardente calor, assim como sua doçura e o encanto que ela, como um todo, provoca em mim. São as suas virtudes e suas falhas que me mantém demasiadamente contaminado... e assim estarei, sem mais.

sábado, 21 de maio de 2011

Para que fique claro

É óbvio o meu querer por ti. Tão óbvio quanto o sol nascer triunfante, quando nem um céu lotado de nuvens consegue interferir que o dia vença a noite. E ver o sol nascer me dá a esperança de um novo dia, porém um novo dia que viverei sem você. Um novo dia que é como uma noite fria, sem calor, com um aconchego que provavelmente não se compara ao que tu poderias me dar.

Quando chega a hora de encarar as tarefas diárias, surge em mim um vazio tal que nada preenche. É o espaço que surge depois que penso em ti. Que sei que está linda, que está bem, que está levantando da cama. E que não está pensando em mim. A partir daí, toda a alegria de viver transforma-se em desencanto, de forma que sinto vontade de abandonar tudo e voltar para minha casa, para o meio dos cobertores, para minha reclusão. Que nada resolve, assim como a comida e as pessoas ao meu redor. Nada completa essa lacuna, só você. E dói tremendamente saber que tudo isso, pra você, não faz a menor diferença.

Não sei se fica explícito o que sinto. Ah, mas só queria que soubesses o quanto te desejo. Pois é meu sonho te fazer feliz, te ver sorrir comigo. Tudo vai ganhar cor, calor, graça. Gostaria de saber o que falta pra entenderes isto. Bobinha, és como um pequeno anjo que me traz beleza, que diariamente sorri pra mim e me faz entender que a vida é linda, como você.

É óbvio o meu querer por ti.

domingo, 15 de maio de 2011

Lúcida loucura

Para que viver sobre paradigmas? Para que estar preso a conceitos criados por si mesmo? Sempre existirão motivos para desacreditar no que se acredita, para se duvidar do que se pensa e para cair de cabeça no que se considera improvável, inconseqüente, estúpido.

Sempre pensei e ainda penso que é tolice apaixonar-se em pouco tempo por alguém. Nem distinguimos bem esse alguém numa multidão, mal sabemos como ele é, mas não sai da cabeça de que esse alguém que nem conhecemos o nome completo nos fará felizes e realizados. O medo de quebrar a cara com esses pensamentos é o que muitas vezes nos deixa com um pé, ou com os dois pés atrás. Tal empecilho paira em minha vida até conhecer um alguém que me faça desistir do que sei que é certo.

E agora faço desvarios, rompo com o mundo e queimo meus navios, como diria Chico Buarque. São comidas sem sabores, livros sem sentidos, a concentração totalmente corrompida por causa de um alguém que não pede licença e controla os seus gostos, as suas reflexões. Mas isto não tem sentido! Não tem. Lógico, não resta dúvidas de que é paixão. Quase loucura, nunca se sabe a diferença.

E os detalhes passam a fazer toda a diferença; os olhares, as palavras, os gestos, tudo faz com que eu me apaixone ainda mais. Torno-me então um completo bobo sem direção, rumando para um caminho obscuro, que nunca se sabe o final. E deleitando-me. E provando dos perigos que o caminho trás. E gostando ainda mais. E saciando-me. E perco totalmente o controle sobre mim... e sou dela.