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domingo, 18 de setembro de 2011

Solução para o desalento

Este é um momento frio e sem nem um pouco sequer de acalanto. O coração sente-se pressionado e isto dá a entender que as próximas horas não serão de sensações agradáveis. Suportáveis, mas incrivelmente dolorosas. A primeira lágrima abre os portões pra que as outras se libertem e corram atrás dela, seguindo-a. E não imaginava-se que tantas delas estivessem tão presas.

De um parágrafo inicial tão, digamos, tenso, imagina-se que o escritor está num sofrimento inimaginável. Não é o caso. O turbilhão de emoções que é vivido num curto espaço de tempo necessita de libertação, mesmo que exagerada, mesmo que incosequente. E há diferentes formas para liberar tal angústia, mas o escritor escolheu… escrever. Ele há de recorrer, posteriormente, a todas as outras saídas para sentir-se melhor, mas a necessidade de criar um texto para simplesmente expôr o que se sente é gritante.

Em meio a tudo isso, uma revelação. De repente, como uma música de fundo que colore angustiantes minutos, toca Clair de Lune. E as doces notas da clássica composição de Debussy evidenciam: precisa-se de um abraço. Ou de um beijo. Ou de qualquer outro tipo de carinho do tamanho do sentimento de angústia que está presente. O importante e urgente é que esse sentimento canalize a péssima sensação para fora, para o vento levar embora. E que fique a ternura. E o esquecimento daquilo que é ruim. E que se essa sensação voltar, já se saiba o que fazer para expulsá-la. Que exista um porto-seguro para ancorar a tristeza.

E todos nós temos momentos como esse. Em que falta algo, mas não se sabe exatamente o quê. Mas, com algum tempo, descobrimos o que estamos precisando, e como tolos, esperamos que venha até nós. Não! Devemos buscar o que estamos ansiando. Correr atrás daquilo que nos causa bem, e ali abraçar e/ou beijar, e jogar fora o que há de ruim. Família, amigos, amores, seja quem for… são as pessoas que amamos (ou iremos amar) os canais-contra-o-desânimo. E o amor, o cuidado, o afeto são os ingredientes. Abrace quem te faz bem.