Eu gosto de gente que deixa pistas. Que, com sutileza, pensa que fica no “quase”. Contudo, consegue aquilo que deseja. Sem evidenciar tudo, sem deixar na cara o que quer alcançar e onde quer chegar. Deixando o suficiente - suas pistas - e a boa sorte para aqueles que conseguirem interpretá-las. Eu não gosto de gente muito óbvia.
Eu gosto de gente sincera e decidida. Gente que, mesmo com medo, sabe e demonstra o que quer. Mesmo sem saber porque quer, sem saber ao certo o motivo daquele desejo ter surgido, tenta explicar, tenta expor. De quem se esforça pra esclarecer algo aparentemente impossível. Eu não gosto de gente que deixa os outros pensarem sozinhos, que não dá nenhuma luz.
Eu gosto de gente que tem coragem. Que arrisca, mesmo em meio às dúvidas. Gente que sabe que elas só serão respondidas através da insistência e da teimosia. Gente que é teimosa e insiste em ser feliz. Gente que é movida por amor, que tem força acumulada de tanta fraqueza vivida tempos atrás. Eu não gosto de gente assustada com o que existe no depois. O que nos pertence é o antes e o agora. O depois não é nosso, é d’Ele.
Eu gosto de gente altruísta. Gente que pensa no outro, que sabe o que é melhor pra si, mas adapta o seu querer para o bem estar de alguém querido. Altruísmo é fundamento do amor, e eu gosto de quem vive de amar. De amar o nascer e o pôr do sol, de amar receber um sorriso de uma criança, de amar pôr a mão embaixo do travesseiro por ser geladinho. E dividir os melhores prazeres com outro é o que, senão amor?
Eu amo quem sabe amar.