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terça-feira, 19 de abril de 2011

Tradição x Momento

Deixo a opinião logo de cara: aprovo o feito de Chico César em impedir que o governo financie bandas de forró e duplas de sertanejo universitário no São João do estado. Motivos? Vamos lá…

É reconhecido o quanto as bandas de forró denigrem a imagem da mulher e do sexo, utilizando formas que chegam até a ser abusivas, com intuito de fazer sucesso. E conseguem! Agradam a majoritária parte da população, levando as massas a lotarem os shows. Mas isso não combina com a belíssima tradição nordestina de fazer música divertida e de qualidade. Chico contrasta com essa história, com a qualidade da música que sempre fez e viu o Nordeste fazer para o Brasil. É uma posição que se deveria esperar dele. Não acredito também que classificando como “forró de plástico” ele esteja desrespeitando a música que tais bandas fazem. Primeiro, porque é totalmente diferente do forró habitual, e depois, as próprias músicas já são um desrespeito!

O secretário de Cultura do estado está tentando resgatar elementos tradicionais nordestinos que têm se perdido através dos tempos, muitos por causa da influência das bandas de forró. A riquíssima cultura do Nordeste é muito mais aproveitada durante as festas juninas, enquanto o forró das bandas faz sucesso durante todo o ano. Como um nordestino arretado, eu sinto vergonha de que a música daqui se transforme de “tô com saudade docê” para “lapada na rachada”, se resumindo cada vez mais a isso.

A grande questão é que com essa decisão, ele impede que o povo paraibano escolha suas músicas, faz com que perca o direito de decidir. E, por si só, cria uma grande antipatia do povo para com ele e o governo do estado, pondo em risco novos eventos para o futuro. Ao meu ver, ele acertou. No entanto, até que chegue o São João, essa discussão ainda vai dar muito pano pra manga.

domingo, 3 de abril de 2011

Como um beija-flor

Como um beija-flor. Elétrico, ligado, batendo as asas oitenta vezes por segundo, desenhando infinitos oitos no ar. Com o coração pulsando cento e vinte vezes por minuto.

É assim que se deve estar. Despertando à luz do sol, absorvendo o máximo de brilho que puder. Ardendo na vontade de alçar vôos precisos. Percorrer todo o caminho que lhe vier à frente. E ao cair da noite, repousar para que o outro dia seja uma nova experiência inesquecível.

Porém nunca estagnar, parar e não continuar. Mesmo com a melancólica chegada do desânimo, devem-se procurar alternativas para vencê-lo. Fazer com que o coração retome o ritmo acelerado, produzindo emoções intensas e injetando novos estímulos para seguir em frente.

Qualquer que seja o estímulo (seja uma boa conversa recheada de risadas, um filme em deliciosa companhia, um texto de um blog...), faz com que ele surta o efeito desejado. Volta a bater tuas asas oitenta vezes por segundo. Voa buscando novos e excitantes ares. Encontra o doce néctar das melhores flores. Como um beija-for.