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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Holanda 2 x 1 Brasil

Eu poderia novamente rir, como ri no primeiro e no segundo gol da Holanda. Poderia agora repetir o que vinha dizendo a muitos conhecidos meus, mas seria fácil. Muito fácil.

Depois de uma derrota é muito fácil criticar, falar mal. Porém é o momento. Individualmente, eu estava desacreditado, pouco confiante. Para mim, o título não viria porque a seleção brasileira não merecia. Muitos tentaram me fazer pensar que eu estava errado. Muitos estavam com a confiança que o time de Dunga não merecia. “Vai ser igual a 1994, o Brasil vai superar as dificuldades e vencer.” Que dificuldades? Afinal, chegaram à copa com a primeira posição no ranking da FIFA, títulos importantes na bagagem. Aos torcedores faltou um olhar mais técnico, observar a equipe do seu país, a forma como joga, quem são os melhores jogadores. Confiaram exageradamente num time que não era merecedor. Eu tive medo, por algumas vezes, de dizer que não torceria para o Brasil, mas disse. Fui criticado, tachado de anti-patriota. Pois sou mais patriota do que muitos, muitos mesmo. Nesta copa, aqueles jogadores não tinha honra para levar o hexa. Para serem chamados de hexacampões. Não representavam o futebol brasileiro na sua plenitude, na sua beleza, no seu encanto.

Não apoiei o time de Dunga. Xinguei esse treinador de incompetente, entre outras coisas que não são tão boas de falar. Não se pode colocar a responsabilidade em um Kaká sem condições físicas de mostrar o seu melhor. Não se pode responsabilizar um Luís Fabiano, que mal consegue dominar um passe, ou até fazer um passe. Não se pode sobrecarregar Robinho, que sozinho, nada faria. E o resto do time? Bem, o resto é o resto, sem brilho. O craque do Brasil na copa foi o zagueiro Lúcio, reflexo de uma equipe que nem parecia brasileira. E o técnico pouco utilizou os reservas, pois não havia jogadores à altura do Brasil numa copa. Faltaram aqueles jogadores que tanto foram cobrados pela torcida. Ficou provado que realmente “a voz do povo é a voz de Deus.”

A Holanda mostrou como se toca a bola, como vencer um jogo, como reverter um resultado difícil. E o Brasil, no segundo tempo, assistiu a tudo. Enfraquecido emocionalmente, e, desde o início do mundial, tecnicamente, não teve como superar a laranja. Em 2014, nada será igual. Tudo diferente, inclusive o campeão. Será a hora do hexa. Aguardaremos ansiosos, pois jogaremos o nosso melhor futebol, aquele que emociona, que dribla, que fantasia, que nos faz sonhar. Assim será.