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sábado, 26 de junho de 2010

Portugal 0 x 0 Brasil

Foi um jogo morno. Com o Brasil já classificado e Portugal jogando pelo empate, a partida sem grandes emoções serviu apenas para o cumprimento de tabela.

Mas não deveria ter sido assim. O Brasil deveria ter mostrado que, mesmo com a classificação garantida, estava ali para vencer, para fazer gols, mostrar que é a melhor do mundo e da copa. E creio que tenha tentado, mas é claro que Portugal não iria permitir que a seleção brasileira o vencesse, e não permitiu. Souberam como neutralizar as duas laterais, e o Brasil, sem Kaká e com Julio Baptista fora do jogo, não conseguiu atacar pelo meio, congestionado, e teve quase nenhuma criatividade para jogadas diferentes e inovadoras. As jogadas individuais ficaram por conta de Nilmar, mas bem marcado, foi parado constantemente pela marcação lusa.

O jogo foi truncado, sem espaços para nenhuma das equipes. O destaque do jogo foi o duelo entre os capitães Lúcio e Cristiano Ronaldo. Ao final da partida o “gajo” foi eleito o melhor do jogo. Luís Fabiano não recebeu bolas em condições de marcar, dada a falta de qualidade dos responsáveis por isso. Em Portugal, muita movimentação dos atacantes, mas dificuldade para encontrar falhas na impecável defesa brasileira. Com exceção de Michel Bastos, mal na marcação e no apoio, a defesa brasileira esteve muito bem postada, como de costume. Porém, se atrás o Brasil estava muito bem, na frente o Brasil deixava muito a desejar, pois a dificuldade na criação de jogadas diferenciadas era evidente.

Esse é o grande problema da seleção de Dunga. A falta de criatividade. É um time pragmático, consistente, forte defensivamente. Mas peca naquilo que sempre foi peculiar dos brasileiros: a habilidade. O único capaz de realizar tais jogadas é Robinho. Os outros ficam na dependência da tática, daquilo que foi treinado, estudado, observado. Eles têm que repetir o que é feito nos treinos, e não têm capacidade de criar coisas novas no decorrer da partida. Isso, sem dúvidas, gerará difculdades nas próximas partidas, que serão contra equipes de alto nível e habilidosas. Resta saber se jogando assim o Brasil chegará na final. Eu acho difícil.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Foto: Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

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- E aí Dunga, sabe aquela piada do papagaio?

- Huahua, muito engraçada seu Eriksson, mas prefiro aquela do canarinho que eliminou os elefantes…

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim

Diria que o jogo entre Brasil e Costa do Marfim teve dois momentos. O primeiro, a bola jogada. Trocas de passes, tabelas, boas marcações. O segundo, pancadaria. Vamos então para a descrição do primeiro momento.
Bela atuação de Luís Fabiano, bom desempenho tático, individual e coletivo, dessa vez o Brasil venceu bem. Jogando com paciência e com inteligência, a seleção de Dunga demonstrou ser a melhor equipe da copa até esse momento. Com uma vitória sobre um time totalmente retrancado, e outra sobre uma emergente força africana, o Brasil se classifica antecipadamente para as oitavas de final, e com méritos.
Com as tradicionais seleções tendo dificuldades em suas partidas, à exceção de Argentina e Holanda, a nossa tinha que demonstrar por que é considerada uma das favoritas ao título. E mostrou. De início teve dificuldades, pois a Costa do Marfim não aparentou medo algum do Brasil. Pelo contrário, atacou fervorosamente e teve o domínio do jogo, o oposto do que fez contra Portugal. Manteve a posse de bola, mas não levou perigo ao Brasil, que se defendia bem postado para armar um contra-ataque.
E foi exatamente assim que o Brasil abriu o placar. Num momento em que os marfinenses estavam melhor, Robinho, Kaká e Luís Fabiano fizeram boa jogada juntos, e o último completou para as redes com um chute potente, rente ao travessão. A partir do gol, o Brasil passou a equilibrar as jogadas e a posse de bola. A Costa do Marfim tocava a bola sem conseguir uma brecha na defesa brasileira. E com o Brasil na frente, o primeiro tempo chegou ao fim.
Veio a segunda etapa, e jogando ainda melhor, o Brasil aumentou a vantagem, de novo com Luís Fabiano, mas dessa vez mais bonito. Ao ganhar uma dividida no ar, ele deu dois lençóis em dois defensores da seleção marfinense, ajeitou a bola com o braço e bateu de perna esquerda. Como o assistente nada assinalou e o árbitro muito menos, gol validado e festa do atacante, com seu segundo gol na copa. Depois do gol o Brasil teve maior domínio da partida, passou a trabalhar mais a bola, virar mais o jogo, trocar passes com mais rapidez. E nessas trocas de passes o Brasil liquidou a fatura com o terceiro gol. Kaká, numa característica jogada de linha de fundo, cruzou rasteiro para Elano completar para o fundo das redes. Foi o segundo gol do jogador em dois jogos. Pronto, após a bola jogada, vamos para a pancadaria.
Após o terceiro gol do Brasil, alguns atletas da Costa do Marfim começaram a deixar a bola de lado e dar pontapés nas pernas dos jogadores brasileiros. O primeiro foi Elano, que recebeu uma entrada perigosa, teve de ser substituído e não sabe se estará na próxima partida. Depois Michel Bastos e Kaká tiveram que sofrer com as duras chegadas dos africanos. Como já era de se esperar, essas entradas causaram ira nos brasileiros, pois o árbitro não dava um cartão amarelo sequer. Houveram muitas reclamações, desentendimentos e discussões entre os jogadores, e sobrou para Kaká ser amarelado. Minutos depois um jogador da Costa do Marfim ludibriou a arbitragem, fingindo ter sido atingido por Kaká, que após isso, levou o segundo amarelo, foi expulso e não enfrentará Portugal. Com a bola nos pés, os marfinenses diminuíram a diferença com um gol de cabeça de Drogba, graças a uma falha da marcação brasileira.
De um modo geral, o selecionado de Dunga jogou bem. Mostrou que se derem espaço, bota a bola no fundo do gol. E sem a bola, espaço é uma coisa que os adversários não têm, ou quase. Agora é enfrentar Portugal, garantir os cem por cento de aproveitamento e dar show no mata-mata. O hexa está começando a se desenhar.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coréia do Norte

O que pensar de um jogo como esse? Goleada e show de bola do Brasil. Estréia na copa, expectativas a mil para uma grande exibição da seleção canarinho. Não foi bem assim.
Jogo complicado. A seleção coreana entrou em campo com o intuito de não levar gols, e quem sabe, sair com um pontinho da primeira partida. Foi clara a posição defensiva em que a equipe se colocou, visando a saída rápida nos contra-ataques, característica marcante dos orientais. Essa foi a grande dificuldade do Brasil durante a partida, atravessar a defesa coreana. E nossa seleção não é tão criativa como já foi um dia, pois concentra seu jogo no toque de bola, buscando encontrar brechas na defesa adversária. O primeiro tempo foi baseado exatamente no toque de bola brasileiro e nas raras investidas coreanas ao ataque.
No segundo tempo, o Brasil entrou mais disposto. Como seleção pentacampeã e novamente candidata ao título, se viu na obrigação de vencer a fraca Coréia do Norte, e foi ao ataque com mais força, até que conseguiu encontrar um espaço numa bola enfiada por Kaká para Maicon, uma jogada já tradicional do lateral. Ele chutou sem ângulo, mas a bola passou entre o goleiro e a trave, para a festa do país.
Quem esperava que o Brasil fosse deslanchar, errou feio. O panorama da partida não mudou, a Coréia continuou se defendendo, quase não dando espaços. Quase, porque em outra bola enfiada, desta vez por Robinho, Elano fez o segundo gol da seleção brasileira na copa. De novo, o Brasil continuou a atacar, agora com três atacantes após a saída de Kaká e a entrada de Nilmar. Mas não deu jeito, e um vacilo prejudicou o saldo de gols do Brasil. Numa dormida da zaga, o obscuro atacante Yun Nam marcou o tento para os asiáticos.
Numa visão geral, o Brasil fez uma partida opaca. Sem opções para criar jogadas que desequilibrassem, a seleção deve dificuldades ao enfrentar uma equipe extremamente defensiva. Tentou com três atacantes no segundo tempo e melhorou, porém ficou mais vulnerável a sofrer gols. É necessário que fique atento, pois o próximo adversário, a Costa do Marfim, tem bem mais qualidade, ataca com mais perigo. O Brasil poderá se sair melhor se souber equilibrar ataque e defesa, e poderá vencer a seleção africana.
Pois é, copa do mundo rolando, Brasil jogando e não dá pra ficar sem palpitar. Aqui neste blog darei minhas resenhas sobre cada partida do Brasil na copa. Críticas e opiniões, por favor, sintam-se abertos a fazê-las.

domingo, 6 de junho de 2010

Hexa?

Pois é, aqui estamos há pouquíssimo tempo para o início da copa do mundo. Quatro anos de espera, de polêmicas, e em fim, nossa seleção chega à África do Sul, como de praxe, favorita para ser campeã. Mas nem todos no nosso país têm a certeza do hexa. Muitos crêem que falta algo ao time. Eu sou um desses.
Sim, não creio que o hexa virá esse ano. Não porque existem outras seleções candidatas, tais como Espanha e Argentina. Não. O Brasil é o pentacampeão do mundo, tem os melhores jogadores, vence quando quiser. Mas por que eu acho que não vencerá este ano? Vamos listar os pontos fortes e os pontos fracos da equipe. Primeiro, o poder coletivo. Dunga privou que na seleção ninguém deve se destacar demais, é preciso uma equipe homogênea, que se ajude, e não que um jogador se sinta acima dos outros por causa do seu potencial. Chegou logo colocando Kaká e Ronaldinho Gaúcho no banco, deixando claro que ninguém tem lugar garantido e que seria preciso esforço e trabalho para alcançar a vaga no time. Isso fortaleceu a seleção, que voltou da Alemanha em 2006 extremamente dissipada. Hoje, o time se ajuda, os jogadores têm companheirismo, têm motivação para jogar juntos. Mais um fator que credita a seleção para o favoritismo é a regularidade. Dunga tem perdido pouquíssimas partidas, venceu todo o que disputou e se classificou em primeiro lugar para a copa. O time jogou bola, foi campeão de tudo e pronto. Falta só a copa. Outro ponto fortíssimo, talvez o maior de todos, é a defesa. Considerada por muitos a melhor do mundo, a defesa da seleção é experiente, vencedora e talentosa. No gol Júlio César, indiscutivelmente o melhor do mundo. Na lateral-direita Maicon, também o melhor do planeta. Na zaga, o capitão Lúcio, vivendo grande fase há muito tempo. Todos três pentacampeões italianos e campeões da Uefa Champions League com a Internazionale. Juan é um zagueiro de rara técnica, que faz uma cobiçada e invejada dupla com Lúcio. No banco, a defesa se garante.
Ok, pontos fortes ditos, vamos para os fracos. Eu omiti da defesa a lateral-esquerda. Sim, pois até este ano, Dunga não havia encontrado seu lateral. Testou vários, mas nenhum se encaixou e conseguiu se firmar. O que conseguiu o melhor desempenho foi Michel Bastos, principalmente no amistoso antes da copa. Tá lá, titular. O reserva é o experiente Gilberto, remanescente de 2006. O Kaká é outro que poderá ser um problema. O melhor do mundo em 2007 não atravessa um bom momento. Não conseguiu ainda uma sequência de jogos em 2010, por causa de consecutivas lesões. Tem se recuperado, será o craque e camisa 10 da seleção, mas existe uma desconfiança ao redor dele. É uma incógnita. Se conseguir ficar 100% fisicamente a tempo, será o nome do time. Se não conseguir, a decepção. É duro ser estrela...
Decepção. A maior de todas elas está no estilo de jogo. O Brasil, conhecido e marcado no mundo inteiro pelo futebol-arte, pela beleza e irreverência, joga feio. Ah, não discutam, joga feio mesmo. Mas e daí? Se ganhar tá bom ? Não pra mim. Muitos pensam assim, outros não. Eu acho que a seleção brasileira tem que jogar bonito. Ou pelo menos tentar. Só que o time não é motivado para isso, joga com três volantes! Hoje o exemplo de futebol bonito é a Espanha. E o Brasil é o exemplo de defender bonito. A seleção tem apenas um jogador diferenciado, Robinho. Todos os outros são previsíveis e marcáveis. Se enfrentar uma equipe fechadinha (Coréia do Norte, sem dúvidas), não rola gol não, a não ser de bola parada, como na semifinal da copa das confederações no ano passado.
Não estou aqui dizendo que o time não vai ganhar a copa, que nossa seleção é fraca, nem estou fazendo apologia que o treinador é burro. É apenas as minha opinião. Torcerei pelo Brasil, mas não se ficarei tão feliz caso ele ganhe. Tem todas as chances, basta aproveitar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Peço desculpas àqueles que visitavam este blog pela grande interrupção nas postagens. Deve-se a falta de tempo e os problemas do dia-a-dia. Mas deixo a promessa de que muito em breve voltarei ao antigo ritmo de postagens. Passem bem.